quarta-feira, março 29, 2006

Desentocando comments

Esse blog resolveu dar um basta à empáfia, à maledicência, ao sarcasmo e à blasófia do sr. Valter Ferraz que vem, sistematicamente, zombando da audiência desse espaço. Portanto, estou iniciando uma série de ‘enquetes’ junto ao público leitor, conclamando todos (filhos, mães, tias, primos, direitistas, esquerdistas, amadas e amantes, etc) a participarem das questões de supra importância que aqui serão levantadas. Além de darem um cala boca nesse indivíduo, estarão concorrendo a prêmios. Não que esses sejam importantes, afinal sabemos que brasileiro não se liga muito nesse negócio de prêmios e loterias. Vamos ao primeiro.

Domingo no Parque (papo de MSN):

Ele: Sabe amiga, minha vida nos últimos tempos se transformou numa
autêntica Montanha Russa. Saio da mais deliciosa euforia, para
momentos de angústia insuportável, numa velocidade impossível de
controlar.
Ela: Pois a minha está mais pra um Carroussel. Gira devagar, sobe
pouco, mas também desce pouco. Tá bom assim!

O ‘Apesar de Tudo’ pergunta: metafóricamente, se sua vida fosse um brinquedo de parque de diversão, qual seria, ou qual você gostaria que fosse? Justifique.

Premio: um par de ingressos do Play Center para o melhor coments, na opinião desse humilde blogueiro. Vamos lá! Não me decepcionem.

É a política

Após um fim de semana off-line, por opção, aproveitando uma folga hoje no serviço, verifiquei que rolou uma boa discussão no ‘dito assim’, sobre os últimos escândalos do governo Lula. Percebi que o tom geral ia do desânimo a verdadeiro nojo da situação atual.
Acho justificáveis todas as posições ali expressadas. Mas gostaria de dar o meu pitaco sobre o assunto.
Inicialmente gostaria de falar sobre o meu envolvimento com política, mais especificamente com o PT.
Comecei a cursar a faculdade (curso de Geologia na USP) no ano de 1976, ano em que se iniciava o processo de abertura do governo Figueiredo. Tive a oportunidade de participar do ressurgimento do movimento estudantil, desmantelado desde o AI-5. Acompanhei, com medo da repressão (vulgo coronel Erasmo Dias), as primeiras passeatas de repúdio ao regime militar. Foram experiências inesquecíveis, que acho que todo jovem deveria experimentar. Levamos pra dentro da escola a mesma postura contestadora, o que nos custou um ano a mais de curso, devido às greves por melhores condições de ensino. Passei a conviver diariamente com discussões políticas, que disputavam nossas atenções junto aos assuntos triviais, mulheres, futebol e o rock (tinha os puristas da MPB, mas a minha turma era a outra).
Tudo isso pra dizer que em 1980, quando fazia estágio na departamento de canais e vias navegáveis do IPT (ao lado da USP), antro de esquerdistas de diversos matizes, ficamos sabendo da notícia de fundação do PT, embalado pelo sucesso das greves dos metalúrgicos do ABC. Correu no departamento uma ficha de filiação a qual preenchi e assinei com prazer. Era a primeira vez que um partido político me procurava.
Constituído o partido vieram as primeiras eleições proporcionais e, como esperado, resultados pífios. Mas havia uma energia, uma disposição para a atividade política-partidária que nunca existiu antes, isso de acordo com depoimentos dos mais velhos.
Terminei a faculdade, casei, filhos e o partido sempre presente, na forma dos diretórios regionais, sempre próximo da base, o meu era no mesmo bairro que morava. Cartas informando e convidando para as atividades do mês. Prévias para escolha dos candidatos a prefeito, vereador, etc. Me lembro da que optavamos entre Plínio de Arruda Sampaio e Luiza Erundina para prefeitura de São Paulo. Em suma um modo totalmente diferente de fazer política.
Vieram os primeiros sucessos. A administração Erundina foi bastante elogiada até por opositores. O orçamento participativo trazia grandes progressos nas cidades do interior onde era implementado. Eram comuns reeleições de prefeitos petistas, proporcionalmente maior que os demais partidos.
Já não era mais um partido nanico. Portanto os problemas começaram a aparecer. Dentre eles, destaco a expulsão de deputados. Me lembro da atriz Bete Mendes, por discordarem de votações fechadas. Mas até isso era uma novidade, que não sabíamos, exatamente, se boa ou ruim. Afinal o que mais se via eram partidos com deputados sem nenhum comprometimento com programas e princípios. O PT era diferente. Exigia cumprimento de princípios. Parecia natural. Não sei como poderia se vislumbrar naquela época a tragédia que assistimos hoje. A não ser por desconhecidas substâncias visionárias, presentes no capim mascado por matutos pelo país afora (hehe, desculpe Valter, perco o amigo mas não perco a piada).
Deixa eu resumir que isso aqui é só um post. Quero dizer que não podemos desprezar o lado bom da experiência de um partido formado de baixo para cima. Acho que, hoje, o PT sofre do problema do inchaço e do deslumbramento causado pela chegada ao poder.
Não sei se a corrupção que vemos noticiada é maior ou menor que a dos seus antecessores. Isso não significa que devemos condescender com ela. Devemos exigir que se de exemplo de apuração e punição aos responsáveis. Mas daí a rejeitar todo o resto, acho que estamos fazendo o jogo de quem sempre dominou o país.
Acredito que hoje, existam outras forças que também merecem respeito, vulgo, pra dar nome aos bois, o PSDB, que tem em Fernando Henrique um dos meus outros ídolos, vá que seja, da juventude. Acho que de todo esse joio existe muito trigo. Minha posição atual é pelo fortalecimento de correntes que trabalhem pela união desse trigo, em torno de um projeto consensual. Não é possível que num país com as deficiências do nosso, não exista uma agenda mínima que una, ao invés de dividir, essas forças.
A evolução passaria por uma aliança, que estaria acima de, agora sim, projetos particulares de poder. Nesse sentido é educativa a situação que passamos. Chega de ficar alternando partidos que tem muita coisa em comum no poder. Um só atrapalha o outro e, muito mais, o desenvolvimento do país. Se as propostas (e não a ausência delas) são convergentes, então que se faça, até mesmo, um plano de alternância no poder (vide Chile).De quebra estaria se dispensando alianças com partidos, aí sim, amorfos e fisiologistas que só fazem alimentar a máquina da corrupção.

P.S: fiquei sabendo de uma pesquisa do IBOPE sobre corrupção. Se meus ouvidos não me enganaram, ouvi que 3 entre cada 4 brasileiros aceitam algum tipo de corrupção (exemplo, empregar parentes). É um resultado inquietante.

sábado, março 25, 2006

Carpe Diem

Oração Ao Tempo
(Caetano Veloso)

És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo Tempo Tempo Tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo Tempo Tempo Tempo

Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo Tempo Tempo Tempo
Entro num acordo contigo
Tempo Tempo Tempo Tempo

Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo Tempo Tempo Tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo Tempo Tempo Tempo

Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo Tempo Tempo Tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo Tempo Tempo Tempo

Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo Tempo Tempo Tempo
Quando o tempo for propício
Tempo Tempo Tempo Tempo

De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo Tempo Tempo Tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo Tempo Tempo Tempo

O que usaremos pra isso
Fica guardado em sigilo
Tempo Tempo Tempo Tempo
Apenas contigo e migo
Tempo Tempo Tempo Tempo

E quando eu tiver saído
Para fora do seu círculo
Tempo Tempo Tempo Tempo
Não serei nem terás sido
Tempo Tempo Tempo Tempo

Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo Tempo Tempo Tempo
Num outro nível de vinculo
Tempo Tempo Tempo Tempo

Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo Tempo Tempo Tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo Tempo Tempo Tempo


Afeto
(Walter Franco)

O raciocínio lento
O poço o pensamento
O olho o orifício
O passo o precipício

Eu quero que esse teto caia
Eu quero que esse afeto saia
Eu quero que esse teto caia
Eu quero que esse afeto saia, já

Vermelho natural
No rosto e no lençol
Com gosto de água e sal
Misturando o bem e o mal

Eu quero que esse teto caia
Eu quero que esse afeto saia
Eu quero que esse teto caia
Eu quero que esse afeto saia, já


As Canções Que Eu Faço
(Sá – Guarabira)

Se você quer me conhecer, finja que toca comigo
E faz comigo essas canções que eu faço
E tem tanta coisa por dentro pra dizer
Coisas que não podem ser ditas de uma vez só
E sinta a solidão que eu tenho quando canto uma canção bem alto
A solidão que eu tenho quando abro o coração e canto

Se você quiser me entender ouça aquilo que eu não digo
Nas entrelinhas das canções que eu faço
Porque é que eu me guardo do mundo assim escondido
É coisa que só pode explicar quem vive o que eu vivo
E sinta a solidão que eu tenho quando canto uma canção bem alto
A solidão que eu tenho quando abro o coração e canto

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Não sou alegre nem sou triste
Sou poeta
(trecho de ‘Motivo’ de Cecília Meireles)

quarta-feira, março 22, 2006

Tensão

"Lilith", extraído do livro Delta de Vênus

"A vida se contrai e se expande proporcionalmente à coragem do indivíduo."(Anaïs Nin)

"Lilith era sexualmente fria, e seu marido em parte o sabia, apesar das simulações dela... Eles estavam sentados ali, juntos, e ele a olhava com uma expressão de suave tolerância, a mesma que costumava manter diante das crises dela, crises de egotismo, de autocensura, de pânico. A todos os seus dramáticos comportamentos, ele respondia com inabalável bom humor e paciência.
Ela sempre enfurecia-se sozinha, irritava-se sozinha, suportava sozinha suas intensas convulsões emocionais, das quais ele nunca participava. Possivelmente, tratava-se de um símbolo de tensão que não ocorria entre eles sexualmente. Ele recusava todos os seus primitivos e violentos desafios e hostilidades, recusava-se a entrar com ela nessa arena emocional e a reagir à sua necessidade de ciúmes, temores, conflitos.
Talvez se ele tivesse aceitado seus desafios e jogado os jogos que ela gostava de jogar, talvez então ela poderia ter sentido sua presença com um impacto bem maior do que o meramente físico. Mas o marido de Lilith não conhecia os prelúdios do desejo sensual, não conhecia nenhum dos estimulantes que certas naturezas selvagens reclamam e, desse modo, em vez de responder-lhe tão logo visse seus cabelos se eriçarem, seu rosto mais vívido, seus olhos como duas tochas de fogo, seu corpo inquieto e impaciente como o de um cavalo que aguardasse o início da corrida, ele se refugiava atrás do muro da compreensão objetiva, dessa tranqüila e irritante atitude de aprovação com a qual as pessoas olham para um animal no zoológico e riem de suas momices, sem penetrar em seu estado interior.
Era isso que deixava Lilith num estado de isolamento - na verdade, como um animal selvagem em pleno deserto. Quando ela se enfurecia e sua temperatura subia, o marido simplesmente deixava de existir. Ele mais parecia uma branda divindade que a olhasse dos céus e aguardasse que sua fúria se exaurisse por si mesma.
Se ele, feito um animal igualmente primitivo, surgisse na outra extremidade desse deserto, encarando-a com a mesma tensão energética nos cabelos, na pele e nos olhos, se surgisse com o mesmo corpo selvagem, pisando fortemente e procurando um único pretexto para dar o bote, enlaçar-se furiosamente, sentir o calor e a força de seu oponente, então eles poderiam rolar juntos pelo chão e as mordidas poderiam tornar-se de outra espécie, e a luta se transformaria num abraço, e os puxões de cabelo fariam com que suas bocas, seus dentes e suas línguas se unissem.
E, devido à fúria, seus órgãos genitais se roçariam mutuamente, soltando faíscas, e os dois corpos sentiriam a necessidade de penetrar um no outro para pôr um fim nessa formidável tensão".

Porque postar esse texto? Bem, é um dos vários textos que, nos últimos anos, tenho guardado. Textos lidos de sites, blogs, e-mails, etc, que de alguma forma me tocaram e me identificaram, e que pensei em repassar para alguém para discussão. A maioria deles permaneceram guardados e, agora... bem, agora não interessa mais repassar, mas que são bonitos e importantes, eles são. Com relação a esse, resumiria dizendo que: muita tensão pode afetar o tesão.

terça-feira, março 21, 2006

Aí tem!

Hoje ouvi no noticiario que diversas CDP's (Centros de Detenção Provisória) foram palco das famigeradas "rebeliões". Parece que na maioria não haviam reinvidicações explicitas, sendo que em um, Franco da Rocha, deixaram claro que era em solidariedade a "rebelião" em um dos outros centros.
Considerando a simultaneidade dos eventos e suas características, e a recente divulgação de pesquisas de opinião mostrando um incipiente avanço da candidatura Alkimin, precisa ser muito inteligente pra ligar os pontos?
Em tempo: sim, fui eleitor do Lula/2002; sim, estou decepcionado com seu governo.
Essa "coincidência" me entristece (sim, sou ingênuo). Verifico que elegi os últimos três presidentes, e a situação não parece melhorar. Mas, sim, sou teimoso, ainda acredito que a melhor opção é continuar tentando, até acertar, ou errar menos. Dos males, a democracia, ainda é o menor...

sexta-feira, março 17, 2006

Mais do mesmo (assunto)

Bem, vamos soprar as teias de aranha desse blog e escrever um pouco.
Gostaria de falar do programa “Re-corte Cultural” que passa na TVE do Rio, captada pelas parabólicas aqui da região. Os pontos altos do programa são o apresentador, que faz entrevistas com pessoas diversas da área cultural (música, literatura, cinema, etc) e a estrutura fragmentada, re-cortada, da montagem, que vai mostrando, alternadamente, trechos das entrevistas com dois ou mais convidados de cada edição, entremeados com clipes, gingles, ilustrações as mais diversas do tema ou obra da pessoa entrevistada.
Consumado o jabá inteiramente grátis, passemos para a entrevista feita com um tal de Alcione Araújo, escritor e roteirista de cinema. Não o conhecia, mas o achei grande figura. O tema principal era educação e cultura, assuntos que me são muito importantes, e que eu acredito ser o principal problema do Brasil.
Parece que está se formando um consenso quanto a importância da educação como principal alavanca para o desenvolvimento. Por isso, além de se identificar o problema, é importante saber como atuar para resolve-lo. Daí que achei interessante a colocação feita nessa entrevista. A constatação é que a educação sofreu uma mudança de foco ao longo das últimas décadas. Passamos gradativamente de um modelo educacional europeu, centrado em uma grade que privilegiava mais os aspectos ‘humanísticos’ (latim, filosofia, história, etc) para um modelo mais ‘americanizado’, onde o importante é o adestramento do aluno para a produção, a fim de acompanhar o acelerado desenvolvimento tecnológico atual.
Conseqüências dessa mudança de foco: a própria produção cultural, ou seja os artistas encarregados dessa produção, começam a ter dificuldades de se comunicar com o público, passando a nivelar por baixo sua produção cultural, a fim de atingir uma audiência maior, ou alguma audiência.
Dados estarrecedores: para uma população diretamente envolvida com educação, basicamente alunos e professores, de 55 milhões existentes no país, temos como tiragem média de um livro 3000 exemplares. Pouco não.
Me lembro que, na infância, descobri em casa um baú com livros do meu pai, romances basicamente, comprados do Círculo do Livro, onde haviam várias dezenas de exemplares. De memória recordo de Mobi Dick de Melville, alguns Machado de Assis, José de Alencar, Eça de Queiroz, Camões, etc. Detalhe: nunca vi meu pai lendo um livro, ele que nem terminou o ginásio. A conclusão é que havia uma cultura, um charme, ou sei lá o que, em possuir livros. Isso me parece que hoje se perdeu, e muito. Outro indicador: na escola estadual em que fiz o ginásio e o colégio, havia uma biblioteca onde, independente de qualquer solicitação de professores, li quase todos os Monteiro Lobato, Hans Staden, Robinson Crusoé, e outros da literatura infanto-juvenil que me deram o gosto pela leitura como lazer e não como obrigação escolar. Hoje, perguntando pra minha filha que saiu da escola paga para a pública, a mesma que cursei, se havia ainda essa biblioteca, ela não soube me dizer com certeza. Parece que existe, mas ela ainda não sabe onde fica e como funciona.
Alguma coisa precisa ser feita para resgatar essa magia da leitura, não como obrigação.
Um tempo atrás, oito ou nove anos, era sócio da biblioteca circulante (municipal) que havia na Praça Roosevelt, em Sampa, onde, a cada quinze dias devolvia e retirava um livro para leitura. Um belo dia constatei que ela estava fechada, transferida, provisóriamente, para um outro endereço próximo, e posteriormente desativada. O porquê, nunca entendi. Até hoje o prédio continua vazio.
É claro que existem boas escolas, onde todos esses requisitos são atendidos. Mas o ponto é: isso ficou privilégio de uma elite, quando, antes era uma coisa acessível a todos os estudantes.
Não basta uma educação massificada, tipo todas as crianças na escola. Mas fazendo o que? Aprendendo o que? A pensar ou apenas a decorar?
Essa semana acompanhei a conversa de duas professoras, no trem para o trabalho. Falavam sobre a monstruosidade da aprovação automática, que veio substituir a “mostruosidade” da reprovação. Será que houve algum ganho? Isso não explicaria a incapacidade funcional de jovens formados, mas com dificuldades de entender e de se expressar verbalmente? A tecnologia, a internet são ferramentas maravilhosas, mas não estariam sendo sub-utilizadas? Nada substitui o pensar por si mesmo, a capacidade de questionar, criticar, analisar, tirar conclusões.
Tô com sono. Fui dormir. Inté!

quarta-feira, março 08, 2006

Influências Cayminianas

Você já pensou em ir a Jarinú
Em noite estrelada e de lua cheia, nega?
Então vá... então vá!

Que dia é hoje?

- E aí? Sabe que dia é hoje.
- Quarta, 08 de março, e daí?
- Não. O que se comemora hoje?
- Sei lá.
- Pô, meu, hoje é dia internacional da mulher. Não vai fazer post comemorativo?
- Por que deveria?
- Por que 9 de cada 10 blogs devem falar disso hoje.
- Huuumm! Acho que não vou ler blogs hoje, vai fazer mal pro meu diabetes. E também,
detesto unanimidades, que, dizem até, ser burra.
- Depois você reclama que elas te chamam de grosso. Desse jeito vais acabar sollo, meu chapa.
- Escuta, amigo, para o bem ou para o mal, para a dor ou para a delícia, eu já me ocupo e/ou me
preocupo com as mulheres a maior parte das horas dos meus 365 dias do ano, tá!
- Podemos considerar isso um elogio?
- Você acha?
- Acho que sim.
- Então... esteja feito... Já que começei, deixa eu desejar pra minha mãe, maninha, titias, primas,
sobrinhas, amigas, inimigas, ‘chefa’, ‘gerenta’, diretora (isso que elas só queriam a igualdade,
né), filha, ex-amores e atuais (ops, ato falho, esse último é no singular): sintam-se docemente
beijadas.

domingo, março 05, 2006

Tempestade de Gelo

" No número 141 da revista Quarteto Fantástico publicado em novembro de 1973, Reed Richards teve que usar a arma de antimatéria em seu filho, a quem Amihillus transformara numa bomba humana. É uma situação típica do Quarteto Fantástico, porque, diferente dos outros super heróis, eles são uma família. Quanto mais poder adquirem, mais podem causar danos uns aos outros, sem saber. Esse é o significado do Quarteto Fantástico: a família é uma espécie de antimatéria pessoal. A família é o vácuo através do qual você emerge. É o lugar para onde volta quando morre. Aí está o paradoxo: quanto mais ela te atrai, mais você afunda no vácuo."

Prólogo do filme Tempestade no Gelo de Ang Lee. Não vou comentar, porque acabei de assitir. Mas que é instigante, isso ele é!

Pense que eu acredito...

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