quarta-feira, novembro 29, 2006

Casal neuras

Conforme ameaçei ontém, estava pra terminar um post sério. Então, vai:

Era uma vez um casal (homem e mulher, explicação necessária nesses tempos modernos) que se amava muito mas, por esses desígnios do destino, também brigavam idem.
- Brocha!
Nesse dia parece que a coisa tava quente. Ele respondeu na lata:
- Gorda!
Como era de se esperar, a provocação surtiu efeito devastador. Ele já tinha ouvido falar que era a pior ofensa pra uma mulher.
- O QUÊ!? Isso é uma mentira! Eu na sou gorda. Com um metro e sessenta e dois e 51 kilos, estou perto do limite do IMC pra ser modelo, fique sabendo.
- Bom, pensei que estivéssemos disputando quem falava a maior mentira.
- Mas o que eu disse não é mentira. Você, as vezes, brocha.
- AH! As vezes. Agora melhorou. Então, digamos, que você apenas está com uma barriguinha saliente. Tá comendo muito doce, né não?
- Tá controlando o que eu como ou deixo de comer, é? E você brochou ontem.
- Ontem não vale. Eu falei que tava cansado e preocupado. Você que disse não ter problema. Que ia ressuscitar o lazarento.
- Ontem nem Cristo dava jeito nisso aí.
Riram, ao perceber que a coisa estava se encaminhando para um bom final. Nem sempre isso acontecia.
- Mas hoje, agora que consegui resolver aquele problema no serviço, acho que dá jogo.
- Ah bom, que dois dias seguidos dá justa causa. Então? Vamos?
- Vamos, mas posso pedir um favor?
- Desembucha vai.
- Hoje você não vai por cima, assim disfarça melhor a barriguinha.
- Seu f#@%*((*((
E viveram felizes para sempre... até a próxima crise.

2 Comments:

At novembro 29, 2006 10:17 PM, Blogger valter ferraz disse...

Rapá! a coisa tá feia, hein?
Quando o sujeito começa a apelar prá xingamento(inclusive do "menino") é por que a coisa tá feia mesmo.
Agora, chamar a parceira de gorda, francamente é muita ingenuidade mesmo. Assim não tem relação que resista.
Abração

 
At novembro 30, 2006 7:53 AM, Blogger Luz disse...

às vezes, até posso dizer que ultimamente é raro, o Ruben e eu discutirmos, mas houve alturas, de grandes manifestações temperamentais, e nalgumas a gente parava a meio, pois já não sabíamos o porquê da discussão, então riamos tantos que parecíamos uns tolinhos…. Coisas da vida e dos anos que passam, o melhor é aproveitar o tempo e não o perder com banalidades.
Gostei do texto é um reflexo verdadeiro do quotidiano, e são sempre, regra geral, engraçados, é como se olhar no espelho.

Abraços

 

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