terça-feira, janeiro 17, 2006

Pour Luiza


Ontem você não queria falar com ninguém, e eu entendo o que você deve estar sentindo. Gostaria de poder te ajudar, e por isso, estou te escrevendo.

Quando tinha 12 ou 13 anos, não lembro bem, fui com alguns amigos na piscina do centro esportivo da Moóca, ali em frente a São Judas. Nesse dia a piscina normal estava fechada devido algum problema e, apenas a piscina olímpica seria liberada. Só que somente poderiam entrar as pessoas que soubessem nadar. Todos meus amigos entraram e eu fiquei de fora olhando pelo alambrado eles se divertirem no maior dia de sol. Eu achava que já sabia nadar, mas nunca tinha entrado numa piscina que não desse pé e então fiquei com medo. Naquele dia eu prometi pra mim mesmo que na próxima oportunidade que tivesse, iria mergulhar numa piscina que não desse pé. Quando esse dia chegou, é lógico que estava com medo. Uma coisa e você fazer os movimentos certinhos mas, a qualquer momento, ficar em pé e sentir o chão. Outra seria mergulhar e tentar atravessar a piscina sem poder parar no meio. Mas eu resolvi passar por cima do medo e mergulhei e tudo deu certo. Só sei que em seguida já estava saltando do trampolim pequeno, de pé e depois de cabeça e depois do grande mas esse só em pé. Talvez tivesse atingido meu limite, mas estava satisfeito por ter chegado até esse ponto.

Você também, ao longo da sua vida, já deve ter passado por vários momentos como esse e já deve ter percebido que o medo paralisa a gente. Você já aprendeu a nadar, e nada muito bem, dança o ballet e cada vez melhor, etc, etc.

Agora você tinha um desafio e não conseguiu superar. É bom que você sinta essa dor pelo fracasso mas, o importante, é o que a gente pode aprender com ele (dizem até que são melhores professores que os sucessos).

Você deu tudo que poderia dar? Se não deu, porque não deu? Não estava interessada no desafio? Estabeleceu uma rotina de estudos e a seguiu a risca, disciplinadamente? Senão, porque não? Todas essas respostas esta na hora de você procurar.

Pode ficar triste e chateada por um dia, dois, uma semana, um mês... mas o importante são as resoluções que você vai tomar depois desse período. Sim porque, nessas horas, é que é importante tomarmos decisões que tragam mudanças na nossa vida.

Tem um ditado que diz que se a gente ficar fazendo/pensando sempre as mesmas coisas, vamos colher sempre os mesmos resultados.

Então vamos nos recolher ao nosso cantinho, meditar, e ver onde erramos e o que podemos fazer pra MUDAR. Você vai ver que essas tomadas de decisão fazem a gente se sentir bem melhor e mais confiante. Só não vale se deixar abater e se achar incapaz. Estabeleça metas pequenas e vá alcançando-as uma de cada vez, que é pra não desanimar.
Tá cheio de gente do seu lado pra te ajudar (mesmo que seja com uma bronca de vez em quando).

Beijos

3 Comments:

At janeiro 19, 2006 10:28 PM, Anonymous Anônimo disse...

Sua filha?

 
At janeiro 19, 2006 11:12 PM, Blogger wilson falchi disse...

É, Roger. Estava tentando dar uma força depois que ela fez o vestibulinho pra uma escola técnica e não conseguiu pontuação suficiente.

 
At janeiro 26, 2006 9:07 AM, Anonymous Anônimo disse...

à propósito, na Folha de hoje(26/01) tem uma coluna da Rosely Sayão bem legal, se der dá uma olhada

 

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